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O poder do feedback

 

O feedback é a mais simples e poderosa ferramenta de gestão, que funciona como um guia para ajudar o profissional a saber como está o seu desempenho. O termo é amplamente conhecido dentro das organizações, mas na maioria das vezes seu poder é negligenciado. Isso porque muitas empresas não reconhecem seus benefícios e acabam por executar o processo de forma desestruturada, assim, seus resultados ficam aquém do desejado.

 

Os autores do livro Obrigado pelo Feedback, Sheila Heen e Douglas Stone, após algumas pesquisas, notaram que mais do que capacitar os gestores para aplicar o feedback, é importante treinar quem o recebe. Para eles, é preciso que os colaboradores sejam preparados para melhor assimilar as sugestões, uma vez que são eles que determinam o que o feedback significa e se vão considerar, ou não,  o que foi dito.

 

Ao encontro dessa afirmação e exemplo de profissional que já foi treinado para receber feedback, é o assistente de Recursos Humanos da Santillana Brasil, Lucas Cavalheiro Marques, que destaca seus benefícios. “A troca de ideias e pontos de vistas diferentes com a minha gestora, me ajudam na resolução de problemas e estimulam o desempenho em novos processos. Cabe a mim ter a humildade de reconhecer as críticas construtivas e trabalhar em cima delas, não deixando de lado os pontos positivos também citados.”

 

Reconhecendo seus benefícios, a Santillana Brasil preocupa-se em capacitar os gestores para oferecerem e receberem o feedback de forma estruturada. Exemplo disso é a coordenadora de Contas a Pagar da Santillana Brasil, Alessandra de Souza do Nascimento, que aplica o instrumento com sua equipe. “Considero uma ferramenta extremamente importante. Acredito que todos ganham: funcionário, gestor e empresa. O feedback individual potencializa o desenvolvimento do funcionário. Nesse momento, por exemplo, podemos abordar processos técnicos e específicos do funcionário que pode estar desempenhando de uma forma menos produtiva simplesmente pelo fato de não conhecer o processo completo. Há também situações comportamentais que podemos abordar e, dessa forma, minimizar atritos com outros funcionários ou áreas. E, por fim, o gestor também agrega mais conhecimento e, inclusive, pode ter um feedback da sua gestão com o funcionário, mesmo que essa não seja a intenção inicial”, enfatiza.

 

Não existe uma regra de como aplicar e receber o feedback, mas, para os colaboradores da Santillana Brasil, alguns pontos importantes devem ser considerados. Confira:

 

  • O gestor deve preparar-se e expor suas ideias com tranquilidade, não deixando questões e gostos pessoais intervirem no momento do feedback.
  • Procurar começar o processo pontuando as qualidades e situações em que o funcionário agiu com assertividade. Em seguida, apresentar os pontos de melhoria e atenção.
  • Evitar fazer julgamentos prévios e avaliar os eventos ocorridos.
  • A partir da identificação dos pontos de melhoria, desenvolver um plano de ação para essa mudança.
  • Desenvolver a autocrítica em relação ao seu desempenho profissional e estar aberto às mudanças podem fazer a diferença no processo.
  • Antes de participar do processo de feedback, descubra qual é a sua forma de lidar com as críticas e elogios, que podem ser de raiva, negação, choro e desinteresse/despreocupação, e se preparar para quando chegar o momento. 

A importância da assertividade

 

Muito apreciada no cenário corporativo, a assertividade passou a fazer parte em diversos momentos, entre eles em processos de feedback e, inclusive, em jobs descriptions. Mas contrária às expectativas, a definição de assertividade não é tão clara quanto parece e muitas vezes não é empregada da maneira correta.

 

A assertividade traduz-se pela habilidade de expressar ideias, opiniões, sentimentos, respeitando os próprios desejos sem violar os direitos das pessoas. Mas há quem a use simbolizando acertos, porém, o seu significado é mais amplo e está relacionado a pessoas que sabem se impor, mantendo seu posicionamento em relação a um tema, mas que naturalmente defendem suas ideias com vigor e respeitam a opinião dos demais.

 

No mundo corporativo, essa habilidade torna-se, mais do que nunca, importante, pois o profissional que possui comportamento assertivo constrói uma comunicação interna saudável dentro da empresa e, principalmente, evita conflitos. Em sua maioria, pessoas assertivas costumam apresentar suas ideias e sentimentos com linguagem simples, sabem ouvir, e são empáticas com o outro. Sabem receber críticas e  lidar com seus sentimentos.  São afirmativas, firmes e sinceras.

 

Por serem diplomáticas, pessoas assertivas são cada vez mais valorizadas, principalmente num mercado de mudanças contínuas, que exigem decisões objetivas e focadas nos resultados esperados. Principalmente em cargos de liderança, em que é preciso avaliar os conflitos e determinar a melhor solução, a assertividade agiliza os processos de trabalho e clarifica as relações. Naturalmente, ninguém se torna assertivo de um dia para o outro, mas com treinamentos (coaching), auto-avaliação e vontade de mudar, é possível tornar-se uma pessoa mais assertiva, no sentido exato da palavra.

O não pode ser bom!

O não pode ser bom!

 

Em qualquer iniciativa, no âmbito profissional ou pessoal, o medo de receber uma negativa é bastante comum. Inicialmente frustrante e desmotivador, as pessoas têm extrema dificuldade em digerir os “nãos” recebidos no cotidiano. Desde a infância, o ser humano passa a conviver com diversas situações negativas, que, como se sabe, são importantes para o processo da formação.

 

É comum a pessoa cair na armadilha de chatear-se e ficar remoendo uma resposta negativa por muito tempo. Mas anime-se! Isso pode ser mais positivo do que parece, porque entender o motivo das negativas recebidas é um exercício valioso. O não pode servir de combustível para o aperfeiçoamento contínuo, um incentivo para refletir sobre melhorias nos aspectos pessoais e profissionais.

 

O mundo corporativo está cercado de desafios que exigem “jogo de cintura”, criatividade e assertividade para aceitar as situações. O não é um deles e deve ser encarado com naturalidade. Feedbacks negativos, por exemplo, têm que ser superados, pois fazem parte do amadurecimento profissional. Esse exercício de aceitação, feito com perseverança, é fundamental para que muitas respostas negativas, futuramente, transformem-se em positivas.

 

A Santillana Brasil quer saber: os nãos recebidos te impulsionam para novos caminhos?